Influência de diferentes tipos de bocais e diâmetros de traquéias na manovacuometria.
Fabiane Inoue Onaga, Mauricio Jamami, Gualberto Ruas, Valeria Amorim Pires Di Lorenzo, Luciana Kawakami Jamami.
A manovacuometria é um método verdadeiramente útil para a avaliação das pressões musculares respiratórias, ressaltando que as mensurações da PImáx são de maior relevância clínica pelo fato dos músculos inspiratórios suportarem maiores cargas de trabalho ventilatório. As mensurações da PEmáx são úteis para a diferenciação entre uma fraqueza neuromuscular de músculos abdominais e uma fraqueza específica do diafragma ou de outros músculos inspiratórios.Fabiane Inoue Onaga, Mauricio Jamami, Gualberto Ruas, Valeria Amorim Pires Di Lorenzo, Luciana Kawakami Jamami.
A manovacuometria deve ser feita antes de se iniciar qualquer treinamento muscular respiratório, permitindo quantificar o aumento da força muscular obtida pelos exercícios respiratórios. Seu uso norteia um treinamento eficaz para o paciente, sem que haja esforços desnecessários por parte dos músculos da respiração.
Há alguns estudos que verificaram a influência do formato dos diferentes tipos de bocais utilizados nas mensurações. Autores concluiram que a mensuração das pressões é fortemente influenciada pelo tipo de bocal.
Sendo assim, pela importância da mensuração das pressões respiratórias máximas e pela escassez de pesquisas sobre padronização de bocais e traqueias utilizados na manovacuometria, justificou-se a realização deste estudo para comparar os diferentes formatos de bocais e diâmetros de traqueias de manovacuômetros analógicos utilizados na avaliação fisioterapêutica.
Materiais e métodos: Amostra composta por 50 voluntários sedentários, saudáveis, 25 homens e 25 mulheres. os indivíduos não poderiam ser fumantes, apresentar problemas cardiorrespiratórios, posturais, neurológicos e ou têmporo-mandibulares, nem fazer uso de qualquer tipo de medicamento que pudesse interferir e alterar o desempenho da mecânica respiratória, não deveriam realizar prática regular de atividade física, com frequência maior que duas vezes por semana.
A força muscular respiratória (FMR) foi medida por meio de dois manovacuômetros analógicos calibrados em cmH2O, com limite operacional de –300 a +300 cmH2O, escalas variando de 10 em 10 cmH2O, equipados com um adaptador de bocais contendo um orifício com aproximadamente 2 mm de diâmetro, a fim de prevenir a contração indesejada dos músculos da parede da boca, evitando dessa forma a interferência nos resultados referentes à FMR.
As medidas foram registradas com o uso de um bocal circular (C) de plástico com diâmetro interno de 1,8 cm, e um retangular (R) rígido de formato mais anatômico, com 3,3 cm de largura e com traqueias de plástico, parede lisa e mesmo comprimento (80 cm) e diâmetros internos diferentes, sendo estes de 1,5 cm e 1 cm. Para a validação dos testes, foram consideradas apenas as medidas nas quais os voluntários conseguiram manter o valor no manovacuômetro durante no mínimo um segundo.
O maior valor das manobras foi utilizado na análise estatística.
Resultados: Os resultados do estudo mostram que o formato mais anatômico do bocal retangular favorece menor escape de ar, gerando valores maiores de PEmáx em comparação ao bocal circular, entretanto, para a medida da PImáx não houve influência do tipo de bocal utilizado, independente do sexo do voluntário. No estudo não houve diferença significatica entres os valores obtidos de PEmáx e PImáx, considerando-se os diâmetros internos da traquéia de 1,0 e 1,5 cm e mesmo comprimento de traqueia (80 cm).
Considerações finais: Os resultados deste estudo mostram que não houve interferência nos valores obtidos da PImáx e PEmáx quanto aos diâmetros das traquéias, no entanto, os tipos de bocais utilizados nos manovacuômetros analógicos podem interferir nos valores obtidos de PEmáx. Propõe-se que, na rotina clínica, as medidas da PEmáx sejam realizadas com o bocal retangular, que oferece um formato mais anatômico, com menor escape de ar.
Efeito da técnica de oscilação oral de alta freqüência aplicada em diferentes pressões expiratórias sobre a função autonômica do coração e os parâmetros cardiorrespiratórios.
Graciane L. Moreira, Ercy M. C. Ramos, Luiz C. M. Vanderlei, Dionei Ramos, Beatriz M. Manzano, Luciana C. Fosco.
Graciane L. Moreira, Ercy M. C. Ramos, Luiz C. M. Vanderlei, Dionei Ramos, Beatriz M. Manzano, Luciana C. Fosco.
Nos últimos anos, entre os métodos utilizados pela fisioterapia respiratória, as técnicas de oscilação de alta freqüência associada à pressão expiratória positiva têm sido utilizadas para melhorar a depuração mucociliar em pacientes portadores de doença respiratória supurativa. Dentre os equipamentos que associam essas técnicas, destacam-se o Flutter VRP1 e o Shaker. Para a execução da técnica com esses equipamentos o indivíduo deve fazer inspiração nasal e expiração oral pelo bocal do aparelho, a qual produzirá uma pressão expiratória positiva.
É sabido que o padrão respiratório tem importante influência na flutuação da pressão sanguínea, atividade do sistema nervoso autônomo (SNA) e principalmente na freqüência cardíaca(FC). Um meio de avaliar o comportamento autonômico é pela análise da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), um método simples e não-invasivo que pode ser utilizado para identificar fenômenos relacionados ao SNA tanto em indivíduos saudáveis quanto em portadores de doença. Esse método também tem sido utilizado na avaliação da função autonômica durante a aplicação de exercícios respiratórios e outras técnicas da fisioterapia respiratória.
o presente estudo teve como objetivo verificar, em indivíduos saudáveis, o efeito da execução da técnica com o Shaker, aplicada em diferentes pressões expiratórias, na função autonômica e no comportamento da FC, pressão arterial (PA), freqüência respiratória (f), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e percepção do esforço.
Materiais e métodos: A amostra foi composta de 20 voluntários, jovem e saudáveis, de ambos os sexos, com padrão ativo de vida classificado de acordo com o questionário internacional
de atividade física (IPAQ). Foram adotados como critérios de exclusão: indivíduos com distúrbios ventilatórios, fumantes e que apresentassem evidências de infecção respiratória por pelo menos 8 semanas antes do estudo.
O protocolo experimental consistiu em três etapas: repouso inicial, expiração pelo Shaker e repouso final, com tempo total de 29 minutos, sob os seguintes procedimentos:
Repouso inicial: os voluntários foram confortavelmente sentados em uma cadeira; foi acoplada em seu tórax a cinta de captação e, em seu pulso, o receptor de FC (polar). Permaneceram nessa posição por 10 minutos em respiração espontânea e, nos três minutos finais, foram verificados a PA, SpO2, f, sendo também aplicada a escala de percepção de esforço de Borg (EB) de 6 a 20.
Shaker: após o repouso inicial, o voluntário foi posicionado para a realização da técnica com o aparelho: sentado com inclinação do tronco para frente, flexão da articulação coxofemoral a 65º e com os cotovelos apoiados na mesa. Após um comando verbal, o voluntário iniciava as expirações. Em todos os dias de experimento os voluntários fizeram três séries de 10 expirações com dois minutos de descanso entre as séries, durante o qual permaneciam sentados em respiração espontânea, sendo então verificadas apenas a f, SpO2 e aplicada a EB. No primeiro dia do protocolo experimental o voluntário realizou a técnica sem pressão expiratória pré-determinada (PL, Pressão livre). Nos outros dois dias do experimento, as expirações no aparelho foram mantidas em pressão expiratória pré-estabelecida (escolha aleatória), de 10 cmH2O (P10) e 20 cmH2O (P20).
Repouso final: terminado o Shaker, os voluntários permaneciam sentados por 10 minutos em respiração espontânea e, nos 3 últimos minutos, eram medidas a PA, SpO2, f e aplicada a EB.
A PA foi mensurada pelo método indireto, por um esfigmomanômetroaneróide e estetoscópio
e a SpO2 foi verificada por meio de um oxímetro portátil.
Resultados: Após a aplicação da técnica, constatou-se diferença significante nos índices de variabilidade da freqüência cardíaca em PL e um aumento significante na pressão arterial sistólica em P20. Na pressão arterial diastólica, freqüência respiratória e saturação periférica de oxigênio não foram encontradas diferenças antes, durante e após a técnica, nas diferentes PE. A percepção do esforço aumentou significantemente ao longo das séries em PL e P20 e entre P10 e P20 em cada série. A freqüência cardíaca (FC) aumentou e diminuiu em sincronia com os movimentos de inspiração e expiração,respectivamente.
Considerações finais: Pode-se concluir que o uso da técnica de oscilação oral de alta freqüência nas diferentes PE estudadas não foi suficiente para promover alterações significantes na pressão arterial, na freqüência respiratória ou nos níveis de saturação periférica de oxigênio; no entanto, houve alterações no comportamento da freqüência cardíaca. Ainda, a percepção do esforço foi significantemente maior durante a execução da técnica em maiores pressões expiratórias (PL e P20); e modificações na modulação autonômica foram observadas quando a técnica foi realizada com pressão expiratória nãocontrolada.
É sabido que o padrão respiratório tem importante influência na flutuação da pressão sanguínea, atividade do sistema nervoso autônomo (SNA) e principalmente na freqüência cardíaca(FC). Um meio de avaliar o comportamento autonômico é pela análise da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), um método simples e não-invasivo que pode ser utilizado para identificar fenômenos relacionados ao SNA tanto em indivíduos saudáveis quanto em portadores de doença. Esse método também tem sido utilizado na avaliação da função autonômica durante a aplicação de exercícios respiratórios e outras técnicas da fisioterapia respiratória.
o presente estudo teve como objetivo verificar, em indivíduos saudáveis, o efeito da execução da técnica com o Shaker, aplicada em diferentes pressões expiratórias, na função autonômica e no comportamento da FC, pressão arterial (PA), freqüência respiratória (f), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e percepção do esforço.
Materiais e métodos: A amostra foi composta de 20 voluntários, jovem e saudáveis, de ambos os sexos, com padrão ativo de vida classificado de acordo com o questionário internacional
de atividade física (IPAQ). Foram adotados como critérios de exclusão: indivíduos com distúrbios ventilatórios, fumantes e que apresentassem evidências de infecção respiratória por pelo menos 8 semanas antes do estudo.
O protocolo experimental consistiu em três etapas: repouso inicial, expiração pelo Shaker e repouso final, com tempo total de 29 minutos, sob os seguintes procedimentos:
Repouso inicial: os voluntários foram confortavelmente sentados em uma cadeira; foi acoplada em seu tórax a cinta de captação e, em seu pulso, o receptor de FC (polar). Permaneceram nessa posição por 10 minutos em respiração espontânea e, nos três minutos finais, foram verificados a PA, SpO2, f, sendo também aplicada a escala de percepção de esforço de Borg (EB) de 6 a 20.
Shaker: após o repouso inicial, o voluntário foi posicionado para a realização da técnica com o aparelho: sentado com inclinação do tronco para frente, flexão da articulação coxofemoral a 65º e com os cotovelos apoiados na mesa. Após um comando verbal, o voluntário iniciava as expirações. Em todos os dias de experimento os voluntários fizeram três séries de 10 expirações com dois minutos de descanso entre as séries, durante o qual permaneciam sentados em respiração espontânea, sendo então verificadas apenas a f, SpO2 e aplicada a EB. No primeiro dia do protocolo experimental o voluntário realizou a técnica sem pressão expiratória pré-determinada (PL, Pressão livre). Nos outros dois dias do experimento, as expirações no aparelho foram mantidas em pressão expiratória pré-estabelecida (escolha aleatória), de 10 cmH2O (P10) e 20 cmH2O (P20).
Repouso final: terminado o Shaker, os voluntários permaneciam sentados por 10 minutos em respiração espontânea e, nos 3 últimos minutos, eram medidas a PA, SpO2, f e aplicada a EB.
A PA foi mensurada pelo método indireto, por um esfigmomanômetroaneróide e estetoscópio
e a SpO2 foi verificada por meio de um oxímetro portátil.
Resultados: Após a aplicação da técnica, constatou-se diferença significante nos índices de variabilidade da freqüência cardíaca em PL e um aumento significante na pressão arterial sistólica em P20. Na pressão arterial diastólica, freqüência respiratória e saturação periférica de oxigênio não foram encontradas diferenças antes, durante e após a técnica, nas diferentes PE. A percepção do esforço aumentou significantemente ao longo das séries em PL e P20 e entre P10 e P20 em cada série. A freqüência cardíaca (FC) aumentou e diminuiu em sincronia com os movimentos de inspiração e expiração,respectivamente.
Considerações finais: Pode-se concluir que o uso da técnica de oscilação oral de alta freqüência nas diferentes PE estudadas não foi suficiente para promover alterações significantes na pressão arterial, na freqüência respiratória ou nos níveis de saturação periférica de oxigênio; no entanto, houve alterações no comportamento da freqüência cardíaca. Ainda, a percepção do esforço foi significantemente maior durante a execução da técnica em maiores pressões expiratórias (PL e P20); e modificações na modulação autonômica foram observadas quando a técnica foi realizada com pressão expiratória nãocontrolada.
Eba fui o primeiro desta vez... muito interessante ressaltar sobre as mangueiras do mano... pois podem interferir na fidedignidade do teste se não forem bem acopladas ao aparelho, bom saber que podemos associar manobras para melhorar o nosso desemprenho em quanto fisioterapeutas, a fim de proporcionar um melhor tratamento para os nossos pacientes
ResponderExcluirBem como o chinato disse. Cada paciente é diferente, e tem necessidades diferentes, portanto dvemos conhecer mais a fundo todas as possibilidades de testes e treinamentos para poder escolher aquele que melhor se encaixa com o caso de cada um.
ResponderExcluirConcordo com os meus dois coleguinhas acima! Sabermos mais sobre os aparelhos que fazemos tanto uso na área de pneumo só tem a acrescentar no nosso aprendizado e na interpretação dos resultados dos testes, se foram feito de forma correta, se o acoplamento do bocal e paciente estava correto, que tipo de traquéia deve ser usada e porque.
ResponderExcluirInteressante ressaltar estas diferenças encontradas nas mensurações com os diferentes tipos de bocais (Diâmetro e formato) utilizados no estudo, levando em consideração as diferenças anatômicas de cada paciente, podendo até serem decorrentes de cicatrizes de cirurgia, como foi o caso do nosso paciente, em que nao conseguimos realizar a manuvacuometria, pela falta de encaixe do bocal do aparelho com a boca do nosso paciente, ococrrendo assim escape de ar. O estudo da funçao pulmonar permite ao fisioterapeuta oferecer ao seu paciente o tratamento mais adequado com melhores benefícios.
ResponderExcluirImportante ressaltar também que quando trabalhos com osciladores orais de alta frequencia, devemos sempre monitorar nossos pacientes com uso de polar e oxímetro por ex. para podermos estar controlando sua frequência cardíaca principalmente em pacientes cardiopatas.
valéria diz:
ResponderExcluirGostei do comentário dos colegas acima, além que este artigo ajudou bastante para compreender mais, e ajudar a compreender melhor o equipamento e a técnica utilizada neste estudo,de como a Fisioterapia Respiratória é importante para os estudos e a importância que ela faz no indivíduo, para uma melhor qualidade de vida....
Ambos os artigos são muito bons e reforçam a importância de respeitarmos as individualidades de cada paciente, não só na utilização da
ResponderExcluirmanovacuometria, onde os autores concluiram que a mensuração das pressões é fortemente influenciada pelo tipo de bocal. Cabe a nós futuros profissionais escolhermos sempre a melhor forma de avaliarmos os nossos pacientes, para que os resultados possam ser sempre fidedignos.
Olá, galera do blog, primeiro gostaria de elogiar a professora e a equipe que mantém o blog pela sempre escolha correta dos artigos, além da fácil leitura e entendimento, eles só tem a acrescentar na nossa vida academia. Certamente que esse primeiro artigo chama muito atenção, algo tão simples e que às vezes pode fazer diferença interferindo no resultado do teste. O bocal pode interferir no resultado, agora que sabemos que o retangular obteve valores mais fidedignos que o circular pelo seu formato anatômico e menos escape de ar, podemos preconizar seu uso sempre que possível. Acredito que a respeito dos OOAF, por mais que não teve alterações em alguns sinais vitais, ocorrendo alteração significantes na FC, deve-se sempre que fazer a técnica adotar o parâmetros de verificação de todos os Sinais vitais.
ResponderExcluirBem interessante o artigo da mano, é bom essa variedade de mangueiras da mano pq cada um [é cada um, somos todos diferentes...e temos que ter bastante aten'[cão ao realizar o teste para que não haja escape de ar....para obtermos um resultado fidedigno.
ResponderExcluirClara disse...
ResponderExcluirOs artigos que foram colocados no blog foram interessantes, por propocionarem facilidade no aprendizado da disciplina de Fisioterapia Respiratória e também os endereços das revistas mensionados no artigo, foram importantes para realizar as pesquisas e estudo dos trabalhos apresentados....
Achei os dois artigos interessantes, ambos reforçam o quanto temos que dar atenção a individualidade de cada pessoa no momento da realização do teste, pois afetará diretamente no resultado do mesmo, e como conseqüência levando até a escolha de uma conduta errada.
ResponderExcluirConcordo com todos meus colegas,os artigos nos mostram como é importante a atenção individual para cada paciente na hora da realização dos testes, pois qualquer erro na hora do teste poderá retardar todo tratamento ao paciente perjudicando, poranto, devemos sempre estar muito atentos e pesquisar muito antes de colocar em prática
ResponderExcluirPriscila nUnes